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Segurança, tecnologia e cybersecurity

Tema: Segurança, tecnologia e cybersecurity

Veículo: Diário da Manhã

Número: 11.408

Página: 15

Caderno: Opinião Pública

Data: 14/01/2019

A área de segurança, tanto pública quanto privada, há muito já descobriu que sua melhoria não depende de aumento do efetivo policial ou de segurança particular, mas sim de inteligência, no uso de recursos tecnológicos, monitorando áreas maiores com reduzido uso de recursos humanos. As máquinas estão atentas todo o tempo, sem fadiga visual e com recursos que otimizam a atuação da área, como o propagado software de reconhecimento de padrões, que adota visão computacional e inteligência artificial para identificar casos suspeitos, chamando a atenção de humanos para melhor averiguação, podendo tomar outras providências igualmente automatizadas.

Esse modelo está em franco desenvolvimento em todo o mundo, tendo a cidade de Londres como a cidade mais videomonitorada do mundo. O Big Brother é fato há anos, e não apenas em ficções como em O show de Truman (The Truman Show, 1998) ou em Reality Shows, como o programa Big Brother, da Rede Globo, mas em milhares de câmeras espalhadas pelo planeta - e até fora dele -, com transmissão contínua, com acesso aberto ou restrito. É possível, pelas câmeras, acompanhar o pôr do sol em todo o planeta, identificar placas de carros, acompanhar o deslocamento de um objeto ou pessoa, e mesmo acessar imagens em ultra alta resolução, com impressionante possibilidade de zoom, além de identificação facial, caso haja banco de dados para tal.

O fato é que a utilização de inteligência, com uso de recursos tecnológicos, indica uma melhoria significativa da segurança, uma possibilidade de redução de recursos humanos e custos de manutenção - com frota, por exemplo. Mas não se trata de uma substituição do humano e sim de colaboração entre humanos e não humanos. As câmeras e sensores, presentes em casas, edifícios e cidades, monitoram a área, disparando um alarme quando identificam desconformidades. Acionada, a equipe de segurança atua, estrategicamente.

Mas na outra ponta, o sistema gera uma série de dados que podem ser usados indevidamente ou até roubados. O acesso a imagens de uma residência pode, por exemplo, identificar a ausência de moradores, criando oportunidade de assaltos. Igualmente, dados específicos e sigilosos como de identificação, comunicação, senhas e afins, podem sofrer ataques cibernéticos, tornando o que era voltado para segurança, em insegurança. A proteção de dados é chamada  de cybersecurity ou segurança no ciberespaço. O tema foi eleito, nos EUA, como prioritário para 2019, e Israel tem, atualmente, as melhores soluções mundiais para o segmento. No Brasil, estamos descobrindo as soluções de videomonitoramento e, ao mesmo tempo, buscando soluções de cybersecurity para os dados gerados por estes sistemas, algo absolutamente necessário para salvaguardar informações institucionais e individuais.

Em Goiás, a cidade de Aparecida de Goiânia mantém a melhor solução do setor, com ampliação e melhoria prevista ainda para este ano, com incremento de 700% do sistema de videomonitoramento, incluindo a inserção do sistema de reconhecimento de padrão e duas centrais para as equipes integradas de acompanhamento das imagens. O compartilhamento das imagens com as polícias militar e rodoviária federal também está previsto, aumentando significativamente a segurança, desde a prevenção até a apuração de infrações e crimes.

A tecnologia é, sem dúvida, um instrumento auxiliar para a segurança, além de o ser para várias outras áreas, com resultados comprovados. Isso reforça a tese de que a sociedade contemporânea está, cada vez mais, suportada pela tecnologia, traço inequívoco de nosso tempo e de nossa sociedade. E disso temos total segurança.

Leia o artigo publicado.

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